Daniel Jacques traz um giro semanal sobre o mundo automotivo.
Automóveis, motos, caminhões e muita informação.
Daniel Jacques
Fala galera, tudo certo?
Hoje eu resolvi falar sobre algumas novidades que estão chegando. Algumas ao Brasil, como o tão esperado Ford Mustang, e outras ainda um tanto distantes de nós, mas com o que o mundo começa a conviver cada vez mais diariamente: os carros híbridos e autônomos.
Depois de uma intensa campanha de pré-lançamento, a Ford finalmente realizou a entrega simbólica do primeiro Mustang "oficial" no mercado brasileiro. O felizardo, que agora vai aproveitar seu muscle car GT V8 de simplórios 466 cavalos de potência, foi Alexandre Carvalho Cabrera Mano, de São José dos Campos (SP).
Vai ser bonito começar a ver mais Mustangs por aí nas ruas. É claro que não vai ser como um Onix ou HB20, mas se for como o Chevrolet Camaro, que volta e meia pinta um por aí, já vai ser bem legal. Aliás está prometida uma "disputa" forte entre os dois superesportivos, hein? Quem será que ganha?
A 300 km/h no meio da madrugada
Mantendo sua tradição de criar situações inusitadas para lançar seus carros, a Jaguar colocou o seu novíssimo I-Pace, para dar uma volta no circuito de Mônaco às 03h30min da madrugada no começo desta semana. Já imaginou a barulheira que foi o SUV rasgando as ruas do principado em plena madrugada? Então pode esquecer, pois o carro é elétrico. Zero emissão e zero som, já que não tem motor a combustão.
A motorização elétrica alcança 400 cavalos de potência e acelera de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos. Ele possui bateria de litio de 90 kWh (quilowatt-hora).
Mais uma sacada genial da marca britânica para um carro que, segundo Flavio Porto, diretor de marketing do grupo Top Car, concessionária da marca britânica no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, "deixa todos os outros carros velhos".
Acidente. De quem é a culpa?
Um carro autônomo da Uber se envolveu em um acidente com vítima fatal na cidade de Tempe, no Arizona (EUA). O carro, um XC90 autônomo, atropelou uma pedestre e a matou. No vídeo publicado na internet é possível perceber que a mulher apareceu repentinamente e o carro não reagiu. Havia um motorista a bordo, que estava distraído. Com o fato, a Uber anunciou imediatamente a suspensão dos testes com carros autônomos.
A questão é: de quem é a culpa pelo acidente?
Do motorista? Mas o carro é autônomo, não é?
Da Volvo? Que produziu e forneceu o carro? Afinal, a "garantia" de segurança vem dela como fabricante, não?
Ou da Uber? Neste caso, por se tratar de teste, sim. Mas e se fosse um motorista parceiro? E se fosse o seu carro autônomo, a responsabilidade seria sua?
O fato é que os carros autônomos estão a caminho e vão chegar. Só que as questões que os envolvem vão, como mostra este caso, muito além de simplesmente a auto-condução. Há um certo caminho a percorrer também em questões jurídicas e morais antes de vivermos no mundo dos Jetsons. Fica a reflexão.
Até a próxima semana!